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sexta-feira, outubro 16, 2015

Zuando na Estrada

Grávido de música o tempo todo. Tenho a impressão que nasci assim. Tem hora que acho estranho, mas gosto. Ainda nem gravei todas as canções que toco ao vivo e já estou ficando cheio de ideias para um show novo. O Zuando Som exige uma atenção diária. Temos que estar atentos o tempo todo sobre tudo que acontece internamente e externamente. Viajar requer uma série de cuidados. Não posso ficar rouco. Nunca! Será que posso tomar gelado? Quente é pior? Putz! Esqueci o cachecol! Ficar com a voz ruim é certamente um prejuízo relevante para o contratante também. Me cobro o tempo todo sobre o que eu faço e acho que isso me faz entender tudo com menos romantismo. Semana passada, fizemos nove shows entre São Paulo e Itu. Foi divertido e todo mundo gostou. Na volta, dois shows em Canoas/RS. Chegamos às 8:30h e às 11:00h tínhamos  que estar no palco tocando. Pra isso acontecer, acordamos às 5hs e corremos para Congonhas. Deu tudo certo e nos divertimos com a correria. 
O "Zuando na Estrada" são vídeos que gravamos  para mostrar o que acontece nas viagens para os shows. Tem hora que estamos perto do Chui com frio e no outro dia, no Sudeste achando desconfortável tocar de calça jeans. Já temos imagens em Floripa, Itajaí São Paulo, Itu, Orlândia, Rio Grande, Canoas, Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Tramandaí, Alegrete e por aí a fora. Muitas situações engraçadas e emocionantes como as cenas dos shows e coisas assim. As crianças poderão assistir com os pais e os pais com as crianças. Tem hora que a meninada vai adorar e em outros momentos, os pais vão nos achar uns maluquinhos. Os primeiros vídeos que estamos fazendo não são editados. Tudo gravado na hora e postado minutos depois. Muito orgânico como devem ser os bons sentimentos. Nos acompanhem e compartilhem com os amigos. Vamos juntos levar a música do Zuando Som para os lugares mais diversos deste nosso amado Brasil.  Fé e Pé!






sexta-feira, outubro 09, 2015

O carinho que temos recebido através dos e-mails e das redes sociais nos deixa cheios de energia para apostar ainda mais no que estamos realizando. Observo as crianças e fico realmente emocionado com a reação delas. Umas dançam, outras gritam, batem palmas, pulam, brincam com as letras e se divertem com o que estou cantando. São momentos mágicos que nunca vou esquecer! São Paulo é uma cidade especial para o Zuando Som. Desde os primeiros shows, ano passado, recebo a atenção do público e das mídias desta cidade. Já fomos para dois municípios do interior, além da capital. Chegamos em escolas, teatros, shoppings, feiras de livro e o carinho que emana das crianças e adultos é lindo. Não imagino mais viver sem este afeto todo. Sei que a estrada é longa, mas ninguém falou que seria fácil. Aliás, o que mais me disseram é que seria difícil e que a música é de poucos amigos. Isso sempre me assustou, porém meus medos me protegem o tempo todo. O medo é como a dor. Se aparecer, fique atento. O grande Waly Salomão dizia:  "Tenho os pés no chão... mas a cabeça eu gosto que avoe" sigo a risca este verso. Pra quem pensa que andar por aí mostrando o que cria para as crianças é fácil, ou que a gente trabalha somente para a própria vaidade, saibam que estão enganados e corretos. Claro que somos vaidosos, claro que gostamos de elogios, mas ninguém consegue mensurar o quando trabalhamos para fazer tudo rolar. Compor uma canção (letra e música) dentro de casa e ousar tocar para as crianças, exige cuidado, respeito, dedicação, ética e por aí a fora. Nunca fiz piadinhas do tipo, quem é do Grêmio? Quem é do Inter? Quem é Palmeiras? Quem é Corinthians? Acho isso bem feio. Prefiro perguntar, quem gosta de pirulito? Quem gosta de picolé? Quem tem medo da princesa? Do escuro?  Não escrevo se não tenho o que falar. Fico orgulhoso percebendo quantas famílias alcançamos. To falando tudo isso, pois tenho pensado como será envelhecer tocando. Há doze anos insisto em cantar para as crianças. Penso que mais doze anos e eu estarei com cinquenta, sessenta e como será que vai ser? Vai ser divertido e perigoso. O jeito vai ser cuidar da alma e do corpo, pois se tudo der errado não tenho um paraquedas reserva. A propósito, alguém por aí tem? 

sexta-feira, outubro 02, 2015

É no silêncio que a música faz barulho em mim

É no silêncio que o pensamento faz barulho. Quando tudo fica calmo e o escuro parece não ser apenas uma opção, é que a vida conversa com a alma. Tenho prestado mais atenção nos ruídos da quietude. Talvez esteja gostando de ficar a sós comigo mesmo. Teve um tempo em que demorava para ficar feliz estando só. Era como se não entendesse o que eu era. Um conflito adolescente em plena idade adulta. A música está disciplinando as minhas ansiedades. Hoje tenho a convicção que vivo para a música. Mas, a música não é fiel. É de todos e não pertence a nenhum.Consegue me fazer feliz por meses e depois, desaparece. Não chega a sumir totalmente, mas não liga, não é dada a e-mails e muito menos a declarações de amor. É seca e suave como uma pena ao vento. Vejo homens sofrendo por ela, algumas mulheres a trazem na ponta dos dedos e nas pontas dos cascos. Consigo enxergá-la tirando-me da cama para um tango confuso.Não sou o melhor dançarino. Porém, consigo satisfazer os meus desejos nela e a deixo procurar alguma coisa que a agrade em mim. Uma troca. Uma dança. Quem leva quem?

domingo, setembro 27, 2015

Estamos vivendo momentos de histeria coletiva. Percebo todo mundo assustado sentindo a crise financeira, do clima, de sentimentos, de radicalismos verticais,de afetividade e por aí vai. Que medo! Claro que o mundo não é perfeito! E quem disse que era? To cansando deste pânico todo de tudo! Prefiro encarar o que vier e lamentar quieto. Acho chata aquela história da criatura na fila de algum lugar comentando com o outro, para passar tempo, sobre alguma situação ruim. Prefiro ver o lado bom. E tem muita coisa boa acontecendo no mundo.Temos que vibrar diferente. Há tempos os jornais anunciam notícias assustadoras todos os dias. Ficamos reclamando das nossas faltas: de amor, de dinheiro, de alegria e tudo mais. Não quero as faltas, prefiro as sobras. Chega de conversa mole! O caminho, já dizia o poeta, é pra quem caminha. Para quem caminha! "Marca o teu ponto na justa. O resto deixa pra lá"

quarta-feira, setembro 23, 2015

Nestes onze anos fazendo canções (letra e música) para as crianças cada vez mais as dúvidas me ganham. Será que existe uma música DE criança e uma música PARA a criança? A maioria das canções infantis que escuto, dizem respeito ao sentimento da criança contado por um adulto que se faz de criança para escrever como tal. No Zuando Som, venho tentando escrever sobre o sentimento da criança, mas observando tudo como adulto. Tento pousar o olhar sobre a coisa da saudade, do lúdico e do refazer a minha infância cada vez melhor. Percebo que a maioria das pessoas que escrevem como crianças grandes, acabam produzindo algo DE criança. A aceitação que tenho recebido da famílias, não só das crianças, me faz perceber que escrevo PARA a criança. Particularmente, me falta paciência para canções que remetem ao ensinamento de alguma coisa que o adulto compreende como correto. Fico aflito com este julgamento aparentemente dúbio. Prefiro escolher a temática, ou deixar o tema me escolher e trabalhar sem a menor pretensão de moralizar nada. Deixo a ideia ir para os caminhos que ela quiser. Não acho muito legal o pensamento de que arte foi feita para educar. Neste caso, prefiro os deseducados. Os que precisam fazer as suas pinturas, cantorias, as suas danças e deixam pra lá tudo isso que inventaram por aí e a gente não é.

terça-feira, julho 08, 2014

Dono da bola

Andava com a camisa do time comprada a preço de ouro em dez vezes sem juros e cheio de orgulho. Sabia mais sobre o seu atacante do que da própria vida. Esperava como quem espera um Carnaval pelo próximo jogo.  Dia de jogo era dia de trabalhar menos. Dia de jogo era o dia da felicidade, de justificar o churrasco, a cerveja o encontro com os amigos. O craque das opiniões, sabia, gritava, batia no peito em meio a cigarros e mulheres. Tinha certeza absoluta como resolver o jogo, a falta, o pênalti. Lia, descobria o que se falava nos vestiários. Nas ruas, era o rei da bola. Jogava no bicho, na loteria e comprava correntes para pendurar em seu peito largo. Chorava cantando o hino, beijava o brasão e sonhava com mundiais. Queria ter sido jogador, mas desistiu. Queria ter sido o que quis, mas não foi. Seus olhos brilhavam a cada lance, a cada dividida, a cada gol. Era sócio, participava, ajudava o clube a se tornar cada vez maior, melhor, incomparável. Deus! 

segunda-feira, junho 30, 2014

Sobre águas, pisos e pressões.

Sempre que as engrenagens não funcionam direito, algo fica sobrando, pingando sem parar e a conta disso que vaza, é alta. Os canos finos, assim como as veias fracas, não suportam as pressões. Meu chuveiro  ostenta água potável, dessas que a gente toma e mata a sede e espalha caprichos pelo corpo e lava lugares que não lembramos que temos. Na vida, as engrenagens precisam ser lubrificadas, não pela graxa da culpa que nos transformam em escravos incrédulos, mas pela água. Esta mesma água que jorra freneticamente devido a pressão. Meu chuveiro molha o piso em demasia e o som da água batendo no que é sólido, me irrita! Fecho a porta para não ouvir. Copo? Balde? Jamais conseguiria devolve-la pelo mesmo lugar que saiu. Mesmo igual, quando derrama, não é a mesma água, não é o mesmo chuveiro e o piso pode estar escorregadio.


domingo, maio 25, 2014

Felicidade

Vejo a felicidade como quem observa um quadro bonito na parede. Fica lá exposto, parado, interagindo distante, mas cabe a cada um interpretar com a capacidade que lhe é possível. Tenho a impressão que as canções assumem papéis diferentes nos lugares que chegam. Quando viajei para Fortaleza para escrever sobre os Griôs, senti isso. Quando toquei no Rio de Janeiro no programa do Ziraldo, percebi no estúdio as crianças cantando a história toda e, no Vidigal, os adultos brincando como crianças. Aqui no Rio Grande do Sul, com o "Velho dos Cabelos de Mola", passei por mais de quinze cidades, e toda vez que apresentava era diferente e era bom. Particularmente, acho que a felicidade está muito ligada a um desenvolvimento de ideias relevantes o suficiente para convencer a pessoa do que ela está fazendo. Agora, o novo desafio é sair e alcançar passos mais largos. E o que isso tem a ver com felicidade? Tudo! Final de semana que vem em São Paulo no shopping Anália Franco  (sábado e domingo) estarei encarando um público que nunca me viu. O evento é o mesmo que já participei em Porto Alegre no Barra Sul Shopping: "Book Lovers Kids" (uma feira de livro infantis). Não sou a atração principal. As pessoas não irão lá para me ver. Vão para comprar livros e eu estarei tocando para elas. Aqui em Poa foi muito legal! Consegui a atenção de todo mundo. Muita gente parou para interagir com os filhos, netos, afilhados e afins. O que me deixa feliz é saber que "as portas que se abrem nunca mais fecham". Semana passada, um pai me relatou que o filho pede para ele vestir chapéu e óculos e cantar "Medo de Princesa" todas as noites antes de dormirem .As vezes na rua alguém pergunta:
- Você não é o cara aquele do Zuando Som?
Dou risada e digo que sim, mas no momento estou disfarçado de Peter Parker e que o Homem Aranha é só no palco. (hahahaha)
Tenho recebido também o carinho de muita gente através de recados no Facebook, no e-mail do site e tudo mais. Queria dizer para vocês que levo no coração o carinho de todos! A ideia é ampliar cada vez mais e levar a canção infantil para todos os lugares que ela me permitir: shoppings, feiras de livro, fóruns de educação, escolas, comunidades carentes e tudo mais. O show será acústico, como a maioria dos shows que venho apresentando. Vai ser divertido, vai ser feliz e as coisas irão acontecer de maneira natural como tem sido até hoje. Um viva à canção infantil e à vocês! Obrigado por permitirem que, as canções que invento para os meus filhos, entrem em suas casas. Isso pra mim é felicidade!


quinta-feira, março 27, 2014

CD "Fé e Pé" indicado ao Prêmio Açorianos de Música





Fazer um disco novo exige uma dedicação que é difícil de explicar, mas quem está envolvido sente vontade de se fazer entender. Acho a maior graça de mim mesmo, quando ligo para alguns amigos para virem até a minha casa escutar mais uma música. Agora até ando melhor, mas há algum tempo, assim que compunha ou gravava algo novo, sentia a necessidade patética de mostrar à alguém. O pior é que algumas pessoas, por serem bem próximas e gostarem de mim, deixavam de fazer o que tinham programado para compartilharem comigo as divagações que faço sobre o que está sendo ouvido. Sou um chato! Mas, gosto de quando as pessoas são chatas assim comigo. O processo de gravação do CD "Fé e Pé" foi um trabalho que começou sem grandes pretensões e acabei saindo do estúdio com uma banda para executar as canções ao vivo e uma indicação ao Prêmio Açorianos de Música na categoria "Melhor CD Infantil". Muito legal poder contar com os músicos que apelidei carinhosamente de "Superbanda": Tobias Falcão, Cristian Sperandir, Cri Ramos e Sandro Bontato, são os novos parceiros e amigos que estão apresentando o show deste CD - "Fé e Pé". "Superbanda", devido ao virtuosismo deles com os instrumentos, mas também para brincar com os super heróis, Super Amigos, Liga da Justiça e todas essas coisas que rodeiam os Gibis e desenhos animados. Dei este nome,"Fé e Pé" pois creio que a fé, religiosa ou não, faça a gente seguir adiante em nossos anseios. Pé foi um simbolismo para mostrar a importância da caminhada. Como diria o gigante Chico Science: "um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar"  Fazer canção infantil e executar o que foi gravado exige certo cuidado para o som chegar verdadeiro às crianças. Belos trabalhos foram feitos pelo Marcos Valle, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Raul Seixas, recentemente a Adriana Calcanhoto (Partimpim) Palavra Cantada, Hélio Ziskind entre outros, fizeram e fazem canções incríveis. Este novo trabalho do Zuando Som,  foi construído com bastante zelo e com referência de todos eles. Tobias Falcão, produtor do disco e guitarrista da "Superbanda", fez a produção bastante aberta, escutando e ampliando não só as minhas opiniões, mas as de todos os envolvidos. O resultado foi um disco criativo.

domingo, fevereiro 02, 2014

O menino da Feira do Livro de Tramandaí



Ontem, durante o show acústico na Feira do Livro de Tramandaí, aconteceram diversas situações que não estavam programadas. A primeira foi a chuva. Choveu exatamente no começo do show e acabou minutos depois que cantei a última canção. Tenho a teoria que se o Zuando Som tocar no Sertão, acaba com a Seca! Depois, dois bêbados que andavam pela volta resolveram dançar. Um estava com algo que parecia uma cueca e uma garrafa de refrigerante com cachaça dentro. Veio a polícia e pediram indelicadamente para os sujeitos saírem do local. Confusão! Um empurra aqui, outro ali e segue o som. Para finalizar, estava guardando o violão, e um menino em situação de rua, queria comprar o CD. Perguntou o preço e eu respondi. Ele sorriu e me ofereceu R$10,00. Fiquei emocionado com a vontade dele de ter o CD! Um gesto que valeu o show! Se apenas aquele menino estivesse me assistindo, eu cantaria só pra ele. Pedi um abraço em troca do CD. Ganhei um abraço apertado que me valeu o dia. Ele saiu feliz com o CD e uma camiseta. Eu também! 




sábado, janeiro 25, 2014

Há 10 anos, mais ou menos nesta época, depois do convite de uma escola para trabalhar com músicas infantis, dei início ao trabalho que batizei de Zuando Som. De lá pra cá, muitas coisas aconteceram: amigos ficaram distantes, distantes viraram amigos, tive mais dois filhos, dei ideia para um livro, escrevi canções para outro, fiz dois discos independentes, palcos lindos, outros nem tanto, lotação máxima, meia dúzia de gatos pingados, temporadas e temporais, aviões, ônibus, motos, carros, estrada,estrada,estrada, aplausos, alegrias, tristezas, e tudo mais que só sente quem está na labuta. Tenho orgulho de ter chegado até aqui. O caminho é para quem está disposto a caminhar todos os dias. Os desafios são gigantes, mas isso não é uma queixa, é um estímulo, pois fazer shows apenas com canções próprias, e ter um público especial pra isso, é um privilégio para poucos. Gostaria de agradecer o carinho de todos que estiveram comigo neste tempo todo. Aqueles que ficaram pelo caminho devido as pedras, os muros e as portas fechadas, deixa pra lá. Eu sigo, meio Dom Quixote, meio Pequeno Príncipe, feliz, feliz, feliz! O Zuando Som me da razões para acreditar que o Pé nos leva até onde a nossa Fé deixar. Estamos juntos! Obrigado gente!
Valeu Superbanda: Tobias FalcãoCristian SperandirSandro Bonato e Cri Ramos que chegaram em 2013 para deixar tudo mais forte!








domingo, dezembro 29, 2013

Em 2014 dez anos de Zuando Som


Eu acredito que o aniversário seja uma data mais importante que o ano novo: aniversários são como um ano novo particular. Porém, o assunto é 2014 que chega pedindo para ser usado das mais variadas formas. Impossível não pensar no ano que está findando para organizar o novo. Em 2013 lancei dois CDs. Um vem acompanhado de um livro chamado "Eta, Bicharada Gulosa" de Walmor Santos onde escrevi canções em parceria com o autor e foi lançado pela WS Editor e o outro, chama-se "Fé e Pé". Totalmente independente com as cinco canções mais antigas que eu tinha. Não sei o que dizer de 2013. Um ano revelador pra mim! Fiquei assustado quando me percebi submerso em gravações, shows, buscando espaços que estão escondidos para a divulgação do trabalho, expondo a minha maneira de ver a criança como o ser inteligente que é, e reconhecendo os limites, que antes, pareciam mais elásticos. O tempo passa e a gente cresce. E cresce pra baixo antes de crescer pra cima. As raízes é que fazem a árvore grande não tombar com os ventos. Pela primeira vez depois de anos, me vi rodeado de pessoas que realmente estavam interessadas em fazer parte de uma história que venho construindo nestes nove anos. Somente em 2013 é que encontrei pelo caminho o Gabriel Demarchi e o Gustavo Demarchi uns queridos e competentes profissionais, que fizeram a identidade visual do Zuando Som e todas as ilustrações do "Fé e Pé". O Tobias Falcão, produtor deste CD e que acabou se mostrando um amigão. O Cristian Sperandir parceiro de caminhada e de amizade também, o Cri Ramos, um craque queridão que já conhecia de outros carnavais e o Sandro Bonato, que tem o coração do tamanho do talento que carrega consigo. Queria conseguir expressar em palavras todo o meu agradecimento para vocês que vão aos shows, que nos contratam, que compram os CDs e seguram a nossa onda, mas melhor não. Vai ficar grande e vocês tem mais o que fazer. Gostaria de ter a sorte em 2014 de continuar cantando o que invento, de levar a alegria e as curiosidades do cotidiano infantil para mais e mais pessoas! Obrigado do fundo da alma por toda a energia positiva que ganhei de presente neste tempo todo. Obrigado pra sempre! Para mim, Gratidão é a palavra que define 2013. 
Na foto a "Superbanda" pronta para atacar o carreteiro da cozinheira oficial Patrícia Cunha Prates 

quinta-feira, dezembro 19, 2013

Meu presente de Natal

Hoje tive a oportunidade de acompanhar um momento mágico. Fui convidado para fazer a interação entre crianças e adultos em um hospital. A proposta era uma comemoração de Natal com as famílias que tiveram filhos prematuros, e precisaram durante algum tempo, de cuidados muito especiais.  Assim que cheguei, percebi imediatamente, que seria um final de tarde incomum. Mães adolescentes, mães adultas e até uma frágil menina com quinze anos, marcadas pela angústia e pelo susto que a vida teima em nos dar mais dia ou menos dia. No colo destas mulheres, crianças já libertas da falta de saúde. Agora mais fortes, brincavam ao som das canções que escolhi para o momento. Fiz roda, trem e foi lindo! Os médicos que ajudaram a salvar aquelas miniaturas de seres humanos, que respiraram a dor das famílias, que choraram discretamente incrédulos durante meses intermináveis, estavam de mãos dadas, cantando, correndo, pulando festejando a vida. O mais inacreditável foram os relatos no momento seguinte. Em roda, as mães apresentavam os filhos, agora saudáveis, como troféus. Histórias de superação e de amor. Não aquele amor comum, mas um amor que vai além disso. Que é capaz de construir uma ponte entre a morte e a vida. Que faz o coração bater tão forte igual  asas de beija flor e que pede para as borboletas enfeitarem o silêncio quando ninguém mais crê. Um amor de bicho! Quando me despedi do pessoal, saí de lá emocionado e agradecendo aos céus pelo presente de Natal que chegou pra mim neste dia dezenove de dezembro. Amem!
* Toda a função foi registrada e vai passar em fevereiro no Canal Futura