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quarta-feira, maio 16, 2012
Fé e muito Pé até Lavras do Sul
Segunda feira fui tocar em Lavras do Sul. O Rafael não pode me acompanhar, então formei a dupla com o talentoso Marcelo Astiazara. Saímos de Imbé, cidade que eu moro, às 18:00 e só chegamos ao nosso destino 11 horas depois. Calma! Eu vou tentar explicar. Para começar a minha explanação gostaria que todos compreendessem que não fomos com um carro qualquer. Fomos de Fusca! E juro, não foi culpa do Fusca! Tivemos um pneu furado antes dos primeiros cinquenta quilômetros. Furado não, arrebentado! Alguma coisa rasgou um dos pés do carro. Ele dançou para um lado, para o outro e finalmente se entregou. Descemos incrédulos. Um pouquinho depois, encostou do nosso lado um carro da Polícia Rodoviária. Dez minutos depois, o gentil agente da lei estava me ajudando a desapertar os parafusos da roda que estavam muuuuito apertado. Depois de algum esforço coletivo, conseguimos tirar a roda, colocar a outra e seguir viagem até a borracharia mais próxima para comprar outro pé para o carro. Feito isso, partimos com uma determinação incrível. O problema foi que, o GPS que o Rafael Ferri nos emprestou estava querendo incomodar. Nos levou para perto de Bagé que depois vim a saber, também da acesso à Lavras do Sul. Sem saber desta informação valiosa, resolvemos voltar e procurar um posto, pois também estávamos ficando sem gasolina. No primeiro posto estava tudo fechado. Várias carretas e bombas de combustíveis dormindo. Um silêncio ensurdecedor! Apostamos que daria certo a ideia de procurar outro posto. Para a nossa sorte, não estávamos errados. Depois do tanque cheio voltamos ao jogo um pouco cansados. Isso deveria ser mais de duas horas da manhã. Para resumir, chegamos na cidade às cinco e dez da manhã. No primeiro que batemos, ninguém atendeu! A temperatura estava baixa. Bem baixa! No máximos uns cinco graus. Indignado, com frio e achando aquilo tudo surreal, comecei a chamar, bater palmas na porta da frente e por último eu gritava hoooooteeeelllll. O pior, era que tudo estava tão deserto que ecoava pela cidade. Hotel tel tel tel.... Encarangados, fomos até outro que nos acolheu da maneira que dava. Estavam todos os quartos e ocupados e o que nos restou não era exatamente o que a gente precisava. O banheiro era fora do quarto. Isso já passava das seis horas da manhã. Tínhamos que estar prontos para o show às nove e trinta. Dormimos duas horas e fomos tocar. Assim que terminamos corremos até um espaço da linda Feira do Livro organizada pela Prefeitura, tomar um café forte para reanimar. Fomos recebidos com muito carinho pelas crianças e pela organização do evento. Um grande festa! A cidade de Lavras do Sul respira história. Ruas largas, casas perto das calçadas, o pessoal todo se conhece, as bombachas desfilam no corpo de homens que se ocupam da atividade rural. Um belo lugar para se conhecer. A tarde conhecemos alguns artistas que andavam em pernas de pau. Rapidamente, juntamos as forças e fizemos um belo espetáculo com a poesia do circo e a ludicidade da canção. Na volta deu tudo certo. Nenhum pneu furado, muitas risadas e bastante otimismo. Afinal, não é a toa que este show foi batizado por mim de Fé e Pé.
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