Agora a noite resolvi dar uma volta pela cidade e observar a decoração natalina. Para minha triste surpresa, não vi enfeites. Algumas poucas casas iluminadas e nas ruas, tudo apagado. Como se estivéssemos em qualquer outra data. Lembro da minha alegria quando enxergava as luzes piscando feito vaga - lumes artificiais recebendo a esperança de tempos melhores com os braços abertos. A antiga avenida em que uma tia saudosa morava, se enchia de cores e as pessoas eram alegres e os tempos eram outros, claro! Mas, será que os nossos filhos não terão mais o direito de se emocionar com tudo isso que fez a gente crer no velho e bondoso Papai Noel? Como falar em Papai Noel se aqui na minha cidade ainda não é Natal? Tá certo que, a gente cresceu, que as coisas perderam um pouco a graça, que as crianças estão cheias de informações e já não é tão fácil convencê-las a sonhar como sonhamos um dia, com aquela noite mágica em que procurávamos um trenó e barulhos de sinos vindos do céu. Porém, é Natal! Nesta época, misturamos sentimentos e comidas e paramos para pensar nos que não tem nada para misturar. Tudo isso invade a nossa cabeça feito uma bomba atômica. E para piorar, é ridículo o abandono por parte dos órgãos públicos "competentes de coisa nenhuma" que visam uma vida repleta de egoísmos hedonistas . Atenção senhores! Ainda não é Natal na minha cidade! Temos o direito de sonhar e fazer com que os nossos filhos amados sonhem. Por favor responsáveis pela decoração pública de Natal da minha cidade, lembrem do Natal! Façam isso pelos seus filhos! Não adianta viajar para Gramado e fingir que todo mundo está lá. Não estamos! Estamos aqui na beira do mar. Precisamos da colaboração de vocês para pensar, planejar e executar os nossos planos. E depois, falam em fim do mundo. Eu tenho medo é que o mundo não acabe e acabe o amor.
Feliz Natal!
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